ePrivacy and GPDR Cookie Consent by Cookie Consent Instituto REDI
  • Caderno REDI

Mulheres e Meninas na Ciência Transpondo o Silêncio

  • sexta, 02 de abril de 2021

Por que é importante falarmos sobre o que muito já se silenciou?

Porque é importante, e imprescindível que incluamos as pessoas que estiveram historicamente marginalizadas, menosprezadas e subjugadas, em nossos planos e ações de desenvolvimento. Pois desta forma estaremos tratando de um desenvolvimento pautado na sustentabilidade de relações, que tornam possível um ambiente mais inclusivo, e portanto mais diverso e fecundo para o florescer de uma Ciência e Tecnologia feitas por, e para o bem comum, diminuindo as desigualdades através de oportunidades reais baseadas no empoderamento das Mulheres, e na criação de meios que contemplem tal agir.

 

Afinal, as Mulheres representam 57% das matrículas nas Instituições de Ensino Superior (IES), segundo o Censo da Educação Superior de 2018, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do MEC, e representam 53% das bolsas CAPES de pós graduação. Apesar disso, embora 25% das Mulheres possuam diploma de ensino superior, comparados a 18% de seus pares masculinos (Education at a Glance 2020), ainda possuem as menores chances de emprego.

 

No sentido de reparação das desigualdades, desde 2015 é celebrado em 11 de fevereiro o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, estabelecido pela Assembleia das Nações Unidas, com a liderança da ONU Mulheres e da Unesco. O objetivo da campanha, que acontece em diversos países, é dar mais visibilidade às Mulheres Cientistas e inspirar outras Meninas a também seguir tal caminho profissional. Afinal, quantas Mulheres Cientistas você conhece, além de Marie Curie?

 

O 08 de março, Dia Internacional da Mulher, data de grandes acontecimentos e reflexões sobre o papel e também o lugar da Mulher na sociedade, trouxe a nós a ideia de unirmos as duas celebrações no presente levantamento.

 

Entrevistamos as Associadas do Instituto REDI acerca de assédios e episódios envolvendo machismo, implícito ou explícito,  nos âmbitos acadêmicos e profissionais, objetivando trazer evidências e experiências de que o machismo encontra-se em todas as esferas econômicas e de níveis escolares e acadêmicos.

 

Um dos intuitos, também, é o de ajudar a transpor o silêncio que muitas vezes emudece vozes e apaga mentes brilhantes, que são levadas a acreditar que são menores e incapazes de serem e de fazerem por si, para si e para outras.

 

As múltiplas jornadas que sobrecarregam as Mulheres, foram aprofundadas na conjuntura de pandemia, na qual nos encontramos desde meados de Março de 2020. Esta sobrecarga excessiva trouxe um impacto negativo expressivo às Mulheres Cientistas, principalmente àquelas em início de carreira, revelando ainda mais as disparidades de gênero no sistema científico. (Unesco, 2021)

 

Assim, buscando contribuir com a emancipação de Mulheres e Meninas, para que enxerguem na Ciência o lugar fecundo de tornarem-se o melhor de suas potencialidades, vimos, com este levantamento interno, mais que mostrar e apontar,  incentivar o lugar de fala, bem como o lugar de escuta, ambos mecanismos tão importantes e constituintes de ferramentas essenciais para o desenvolvimento científico, pautado em princípios de ética, equidade e sustentabilidade, norteados pela Agenda 2030 da ONU.

 

Preparando o lugar de fala

Obtivemos contato com 22 (vinte e duas) associadas do REDI, alcançando a totalidade das membras, e efetuou-se entrevista com 16 (dezesseis) delas, onde apenas uma afirmou não ter passado por episódios de assédio nem de machismo, e por isso não foi colocado fragmento da conversa na compilação que segue no texto.

 

As entrevistas foram feitas através de chamadas de vídeo e/ou mensagens de texto. Preocupou-se não somente em colher informações, mas também, acolher as entrevistadas, dando ênfase sobre elas não estarem sozinhas.

 

Os relatos foram expostos de forma anônima,  nas redes sociais do Instituto REDI, sem informar cargos nem ocupações acadêmicas, com o fim de preservar a identidade das Mulheres, e desta forma, criar um ambiente favorável à exposição de falas tão delicadas e pessoais, para que, como acima citado, outras Mulheres sejam encorajadas a romperem com o silêncio, e sejam auxiliadas a perceberem que a Ciência é possível, além de importante, e que para o pleno desenvolvimento, é necessário um ambiente científico mais acolhedor às diversidades, com o respeito mútuo norteando as iniciativas.

 

Um fator importante a ser considerado, é que muitas das entrevistadas, relataram que só depois de anos, perceberam que alguns eventos, até então passados, despercebidamente, na realidade, foram episódios, envolvendo machismo e assédio. Isso porque os mecanismos para reconhecimento de tais atitudes, muitas vezes são mais sutis em sua fala, do que em suas ações psicológicas, e criam um constrangimento tamanho que dificulta a própria vítima acessar a ocorrência sofrida, e muito mais, falar a respeito, sem que “gatilhos” emocionais sejam disparados.

 

Consideramos corajosas todas as Mulheres que aceitaram participar deste projeto, por sua valiosa contribuição e incentivo para que outras possam reconhecer situações semelhantes, e assim, como estas, não desistirem de seus objetivos e sonhos.

 

Rompendo com o silêncio e com seus tabus

Abaixo, trechos dos relatos anônimos das Mulheres e Associadas ao REDI, as quais foram entrevistadas:

 

Entrevistada 1: "Eu sempre gostei de dar aula de jaleco, enquanto professora acadêmica, pela praticidade em não me importar com a roupa de baixo, poderia dar aula tranquilamente com o pijama por baixo (risos). Em um desses momentos, um dos alunos, que costumava dar trabalho, explanou no momento da aula, que eu tinha um corpo muito bonito pra ficar dando aula de jaleco. Embora tenha estranhado, eu rebati alegando que a roupa é uma escolha individual de cada um e que ninguém tinha que dar pitaco."

 

Entrevistada 2: "Logo que acabei a faculdade, estava com 24 anos e assumi um órgão de gestão. Nesse espaço eu senti algumas dificuldades e hoje entendo como assédio. Como era muito jovem, me sentia sendo testada. Tive que me impor bastante e foi difícil."

 

Entrevistada 3: "No ambiente acadêmico, não me lembro de nenhum episódio. Mas no nascimento da minha primeira filha fui tratada com racismo pelo médico de plantão. Já tive muita mágoa e muito ressentimento, mas atualmente, acho que eu não diria nada para ele".

 

Entrevistada 4: "No posdoc, eu já vivenciei algumas situações. Uma entrevista onde eu perguntei sobre qual o perfil de candidato e ouvi ‘eu queria um cara bom, um cara …’. Outra onde ‘mas que idade você tem? Você é casada? Como fica seu marido?  Você não acha que esse é o momento que ele vai querer ter uma família?’

Tiveram vários mansplaining..."

 

Entrevistada 5: "Eu já cheguei a ouvir que pra ser mulher, cientista não podia ser bonita ou arrumada. O pior é se sentir julgada… pela roupa que você usa, pelo cabelo solto ou bronzeado… você sabe que irão falar… você sente que estão falando!"

 

Entrevistada 6: "No início eu não me dava conta das diferenças. Minha mãe era professora e tinha feito mestrado. Meu pai sempre apoiou muito ela. Ele mesmo só fez uma faculdade aos 50 então em casa era normal a mulher ter mais estudo. Meu pai celebrava isso e nos incentivava a seguir os nossos sonhos também (somos 4 irmãs, todas formadas e duas com PhD). Comecei a sentir a discriminação por ser mulher com comentários maldosos durante minha Iniciação Científica. Eu era loira (então essa piadinha sempre rolava). Uma situação que me marcou muito foi quando fui pro meu primeiro congresso apresentar meu trabalho em inglês. Um professor gostou bastante da minha pesquisa e me falou que se eu tivesse como, eu poderia passar um mês no laboratório dele na Princeton University. Quando contei  no laboratório, um dos meus co-orientadores falou: ‘nossa, que legal! Esse cara gostou muito do teu trabalho ou então quer te comer’. Eu tinha 19 anos, era ingênua de tudo e foi nesse momento que a mágica se desfez pra mim. Inúmeras outras vezes presenciei esse tipo de cena, não só comigo, mas com outras colegas, por parte de superiores. Depois fui fazer meu doutorado sanduíche na indústria e lá tive mais contato com a discriminação salarial a que as mulheres são submetidas."

 

Entrevistada 7: "Durante uma aula, na qual turmas foram colocadas juntas, aumentando o número de mulheres, ouvi piadas do tipo 'Ué, é aula de culinária? Nunca vi tanta mulher junta em TI…’"

 

Entrevistada 8: "Várias vezes, em meu trabalho, eu me senti na obrigação de intervir com o posicionamento e comentários dos 'caras' em relação a mulheres jovens, e estagiárias menores de idade... Tive que relembrar o fato das meninas serem menores de idade e lembrarem de respeitá-las não só como mulheres, mas sobretudo como adolescentes/crianças, por conta de comentários nojentos..."

 

Entrevistada 9: "No meu trabalho, já falaram 'brincando' que eu não precisava daquilo por ser bonita demais e de boa família (com dinheiro). Primeiro que eu amo meu trabalho, segundo, não uso o dinheiro da minha família. E o fato de eu ser bonita ou não, não tem nada a ver com a minha competência, nem de ninguém".

 

Entrevistada 10: "Morando fora eu percebi que o machismo e o assédio é muito mais 'comum' no Brasil. Aqui na Inglaterra dificilmente passei por situações como assobios e olhares nojentos por conta da roupa que eu estava usando."

 

Entrevistada 11: "A respeito do ambiente acadêmico, algo que me marcou bastante, mais que machismo, inclusive, foi assédio moral vindo de uma professora, de uma mulher. Eu tinha recentemente perdido minha irmã (havia falecido), e em uma semana, a professora estava me cobrando presença e ‘bem-estar’ no projeto da faculdade. Aquilo me deixou sem chão... Ela literalmente falou que JÁ fazia UMA semana e que era para eu estar bem...

A minha vontade, como ser humano, era voar no pescoço dela, mas respirei e me limitei em dizer que ela não sabia de nada que estava acontecendo.

A falta de empatia e solidariedade com minha dor e com minha perda, num ambiente em que se prega empatia e companheirismo, me marcou mais que o machismo, infelizmente, corriqueiro..."

 

Entrevistada 12: “Durante meu doutorado, sempre percebi que meu orientador, tratava diferente seus alunos e alunas dentro do laboratório, independentemente de suas capacidades técnicas. Muitas vezes, quando ele estava explicando algo para um aluno e uma aluna, ele olhava somente para o aluno e interrompia alunas.

Considero machista a falta de políticas para mães cientistas na elaboração de editais de fomento, por exemplo, já que pouquíssimas instituições e agências de fomento levam em consideração o impacto da maternidade na produtividade de cientistas, o que acaba prejudicando a carreira da cientista que, quando comparada a de seus pares, têm ‘menor’ produtividade, ficando muitas vezes sem financiamento, bolsas, etc. Senti bastante o fato de ser mulher cientista quando vieram os filhos (que são meus sonhos também). Conciliar o início da carreira de pesquisadora dentro de uma universidade com a maternidade, é uma árdua e injusta tarefa.”

 

Entrevistada 13:  “Durante minha formação como engenheira, sofri alguns episódios de machismo. Muitas de nós acabamos, infelizmente,  nos  ‘acostumando’ com os comentários machistas  de colegas e professores. Eu aprendi a ignorar e a traçar meu próprio caminho. Eu tinha em mente onde eu queria chegar depois de formada e nenhum comentário iria me fazer desistir daquele sonho.”

 

Entrevistada 14: “No ambiente profissional, infelizmente, sempre foram presentes olhares pejorativos e comentários diminutivos dirigidos à mim! Ideias minhas, muitas vezes, eram creditadas a um homem, o qual, deixava o ambiente profissional pesado e desconfortável com a sua presença. Presenciei também, comentários obscenos sobre outras mulheres/meninas”. 

 

Entrevistada 15: “Já faz muito tempo que sofri machismo no âmbito profissional. Eu ainda não sabia me defender (risos). Não confiavam em minha capacidade para cargos de gestão, mas aos poucos fui demonstrando que eu poderia desempenhar as funções necessárias e fui ganhando a confiança dos menos preconceituosos. Assim, ganhei adeptos e com o tempo tive apoio suficiente para assumir algumas funções ‘pouco prováveis’, digamos assim…”

 

Podemos ir além …

A partir dos relatos podemos perceber que o machismo e o assédio não acontecem somente por parte de homens desinformados, nem que acontecem apenas em ambientes sem tanto acesso à educação. Importante ressaltar que os eventos citados pelas Associadas, ocorreram dentro de universidades e de ambientes profissionais. Fator, o qual, demonstra que o machismo e o assédio, implícito ou explicitamente, ocorrem em todas as esferas sócio-culturais, e nada mais são, do que o homem exercer poder sobre a mulher, independente desta ser mais capacitada, mais preparada, mais competente, ou não.

 

O que silencia(va), muitas vezes, era achar que o que acontecia com ela seria um fato isolado.

 

Que Mulher nunca pensou que algo que vivenciou e que viu de “errado”, seria um “errado” criado pela própria cabeça dela?

 

Pois bem, as ocorrências não são isoladas, mas demonstram uma situação enraizada, a qual devemos, com atitudes assertivas, modificar.

 

E todas estas atitudes percorrem o caminho da Educação para promoção de uma sociedade e ambientes científicos que elaboram a partir de pilares de sustentabilidade interpessoais saudáveis e respeitosos, que levam em conta a dignidade intrínseca de cada pessoa.

 

 

Possíveis caminhos para trilhar a mudança

 

Na acolhida das entrevistas, a cada Mulher foi questionado, para além dos assédios e comportamentos machistas pela entrevistadora: “Em algum momento você se sentiu desacreditada de sua capacidade e de sua potencialidade e pensou em desistir”?

 

O objetivo não foi fazer do momento de entrevista, uma coleta de informações simplesmente, mas também de acolhimento e compreensão da trajetória de cada uma das Mulheres, não somente enquanto Cientistas, mas como seres humanos com suas particularidades e suas histórias.

 

Em uma das entrevistas, a Associada afirmou já ter ouvido que ser Mulher Cientista significava abrir mão de se cuidar e de ser considerada bonita.

 

Encontra-se aí uma verdadeira contradição, pois ao mesmo tempo em que a sociedade cobra as mulheres aparentarem ser mais jovens do que de fato são, exercer a feminilidade (batom, unhas pintadas, cabelo comprido etc), quando se trata de funções profissionais consideradas de repertório masculino, no caso ser cientista, o discurso se altera. Porque uma mentalidade corrente no meio acadêmico é a de que para alcançar a alta produtividade, deveria-se “sacrificar” a vida pessoal, relacionamentos e maternidade, por exemplo.

 

Naomi Wolf, em “O Mito Da Beleza” (1991) afirma que o ceticismo tão celebrado da época moderna, perde-se o poder quando se trata de como uma mulher deve se apresentar à sociedade, como se partisse de um poder interno e celestial a mulher ter que aparentar ser mais jovem do que de fato é e sempre bonita e delicada. Como se não tivesse relação com política, história e mercado.

 

E quando observamos dados desde o início da pandemia, vemos que as Mulheres, tiveram seus números de dedicação e aceites diminuídos, pela urgência da gestão domiciliar, aumentando os índices de desigualdade de gênero, ainda mais  (Parent in Science, 2020), intensificando o modelo de que a Mulher deveria escolher ser “uma coisa ou outra”, e não apenas ser aquela que suas escolhas assim desejarem.

 

A entrevistada número 2, ao ser questionada sobre sua trajetória e sobre as dificuldades enfrentadas, relatou: “De vez em quando bate uma dúvida que me faz contestar diversas conquistas, por razões diversas, inclusive ser mulher. Mas, a gente segue trabalhando isso na terapia. A gente precisa parar de ter medo e trabalhar no dia a dia que não estamos sozinhas”.

 

Infelizmente, é comum, que, mulheres, de imediato, não percebam o assédio e o machismo que sofrem no cotidiano, pessoal ou profissional, consequência que demonstra a internalização do comportamento opressivo em nossa cultura e em nossa sociedade, fato este evidenciado através do relatos.

 

Em alguns casos, as Associadas afirmaram que só depois de algum tempo perceberam  que vivenciaram episódios de opressão por serem mulheres no ambiente acadêmico e profissional. Para algumas delas, a tomada de consciência veio através de informações em meios midiáticos, o que reforça a importância do incentivo ao acesso à informação, e do compartilhamento de experiências.

 

Nesta cultura de disponibilidade de conhecimento em que vivemos, temos acesso, mais facilmente, a glossários e explicações para os abusos e preconceitos sofridos, que tem nomes, como gaslighting, mansplaining ou manterrupting, por exemplo. E assim podemos compreender que não é certo e nem normal ser interrompida, ou ter a voz negada, pelo fato de ser Mulher.

 

A mesma entrevistada (número 2) explanou: “O impacto de brincadeiras com teor machista implícito nas pessoas e nas decisões delas sobre perseguir uma carreira, é algo que eu só me dei conta depois que tive contato com pessoas mais politizadas, com quem eu aprendi um pouco sobre machismo, feminismo, inclusão e respeito.”

 

Percebemos, através do relato exposto, e de tudo que refletimos até aqui, que possíveis caminhos são traçados, através da construção cotidiana de ambientes acadêmicos e sociais pautados na informação, com respeito e vistas à equidade, considerando as particularidades e potencialidades de cada um e cada uma.

 

Afinal, como bem disse Paulo Freire (2000, p.67): “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco  a sociedade muda.”

E esta sociedade que emudece vozes femininas, e todas aquelas que diferem de um status quo, é justamente o que temos urgência em mudar.

 

Nem entramos aqui na discussão do aprofundamento de cada situação do machismo e opressão, quando voltamos nossos olhares às Mulheres Trans, Lésbicas, Negras ou Indígenas (citando apenas alguns grupos dentro de toda diversidade existente), cuja luta pela visibilidade e conquista de direitos ainda está muito aquém das Mulheres Cis e Brancas.

 

Importante também, aos homens, buscar compreender, com empatia e respeito sempre, que o 08 de março existe e é tão importante, por trazer à luz tantas histórias sombrias (e não distantes) de opressão, e diferenças de oportunidades. Por ser muito mais que uma data, um espaço de fala àquelas que por tanto tempo foram negligenciadas e tiveram suas capacidades desperdiçadas, por causa de seu gênero.

 

Por fim, celebrar e desejar ‘feliz dia das Mulheres’, mais que presentear com flores, é respeitar e compreender a luta diária do que é ser Mulher...

 

Do que é ser Mulher Cientista... Mãe, Filha, Esposa, Parceira, Amiga, e quantos forem os papéis desempenhados.

 

Saudamos aqui, a todas estas Mulheres que encaram a difícil tarefa de contrariar estatísticas, e de tornar outras tantas possíveis, permitindo que nossas Meninas tenham a esperança de saber que os objetivos e sonhos são realizáveis, e que a “cara” de Cientista, é a “cara” da pessoa que faz Ciência… seja ela qual for. Com voz, transpondo todo silêncio opressivo.

 

Autoras

Daniela Martins - Gerente de Relações Humanas e Institucionais

Luciana Leskevicius - Diretora de Relações Institucionais

 

Referências

  • WOOLF, N. O Mito da Beleza. Como as Imagens de Beleza são usadas contra as Mulheres. Tradução de Waldéa Barcellos. Rio de Janeiro. Ed. Rocco, 1992.